sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Novo 'Nárnia' busca sucesso nas bilheterias para manter a franquia.

Quem vê “As crônicas de Nárnia - a viagem do peregrino da Alvorada" não imagina que o filme por muito pouco não foi cancelado. Após duas adaptações para os cinemas, a Disney desistiu de produzir o terceiro filme baseado na série de C.S. Lewis por limitações orçamentárias.


Coube a Fox abraçar o projeto. Mas, mesmo assim, uma certa névoa paira sobre a produção, que precisa justificar nas bilheterias um investimento que seja digno da realização de outros longas. Afinal, trata-se de uma obra de sete livros, ou seja, novos quatro filmes.

Em "Viagem do peregrino da Alvorada", os irmãos Edmundo (Skandar Keynes) e Lúcia (Georgie Henley) voltam à terra encantada ao lado do primo Eustáquio (Will Poulter). Arrogante e esnobe, o jovem não gosta do que vê no mundo de fantasia, repleto de criaturas como um camundongo falante e espadachim (Ripchip). Mas, por ser o mais novo da família, trata-se de uma figura fundamental à trama: somente crianças podem visitar Nárnia e essa talvez seja a última aventura de Edmundo e Lúcia.


A história dessa vez acontece dentro de um navio construído pelo rei Caspian, que viaja pelo oceano oriental atrás dos Lordes de Telmar, sete homens do bem banidos por seu tio Miraz. Eles têm poderes especiais, espadas dadas pelo leão Aslam, que poderão impedir que uma névoa maligna tome o corpo e a mente de quem vive em Nárnia.

Comparado aos dois filmes anteriores, a mais nova adaptação mostra uma clara evolução da série, tanto do ponto de vista estético (os efeitos visuais são belíssimos, em especial a construção digital do navio) quanto de narrativa. A obra do britânico C.S. Lewis não tem a força e o carisma de “Harry Potter”, mas tem seus méritos por conseguir conversar com o público infanto-juvenil por meio de metáforas que simbolizam os seus medos e inseguranças.

Fica a expectativa pela continuação da saga nos cinemas, que precisa de planejamento para continuar, afinal, crianças crescem e há o risco de se ter novos atores a cada novo filme. O primeiro filme, “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” foi um sucesso e ajudou a popularizar a série pelo mundo, com vendas de ingressos de US$ 745 milhões. O segundo, “Príncipe Caspian”, foi considerado um fracasso, apesar dos US$ 420 milhões de bilheteria.

Uma saída interessante foi proposta pelo diretor Michael Apted (“007 - o mundo não é o bastante”). Ele, que não acredita que “As crônicas de Nárnia” consiga ter sete longas, pegou alguns detalhes do quarto livro, “O trono de prata”, e os incluiu em a “Viagem do peregrino da Alvorada".

Caso a proposta dê certo - nas bilheterias -, o cineasta já adiantou que aceita dirigir mais um filme inspirado na série. No longa, várias vezes é dita para Edmundo, Lúcia e Eustáquio a frase "o destino de Nárnia depende de vocês". Fora do mundo encantado, o futuro dela depende é de nós, espectadores(vamos todos no cinema ver o filme em).

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