domingo, 19 de setembro de 2010

'Criamos uma nova maneira de fazer videoclipes', diz baixista do OK Go.

A carreira de uma banda pode mudar de rumo graças a uma música, a uma gravadora ou mesmo devido a um empresário. No caso do OK Go, a fama veio a partir de oito esteiras de corrida. O grupo de Chicago, formado originalmente em 1998, virou febre mundial com um clipe musical que se tornou um dos vídeos mais famosos da história do YouTube.


Desde 31 de julho de 2006, mais de 52 milhões de pessoas já assistiram ao videoclipe em que os quatro músicos da banda protagonizam uma divertida coreografia de dança em cima de esteiras em movimento. “Esse vídeo nasceu de um erro”, ri Tim Nordwind, baixista do OK Go, em entrevista.

O OK Go se apresenta às 22h na premiação Video Music Brasil, da MTV, nesta quinta-feira (16) e realiza shows na sexta-feira (17), em São Paulo, e, no sábado (18), em Porto Alegre.

O “acidente”, explica o músico, aconteceu depois de a banda fazer um vídeo caseiro para a música “One million ways”, em que realizavam uma dança coreografada por Trish Sie, irmã do vocalista Damian Kulash, no jardim da casa de um dos integrantes. O material, originalmente distribuído para apenas alguns amigos, foi parar no YouTube e rapidamente registrou centenas de milhares de acessos.

“O número de acessos de um único vídeo era muito maior que o número de álbuns que tínhamos vendido em nossa carreira”, recorda. “Daí quisemos fazer algo engraçado e de propósito, elevar o nível do absurdo. A ideia era dançar em uma escada, trazer algum elemento novo para se trabalhar, e não tinha nada mais estranho e desafiador que uma esteira de corrida”, continua.

Trish bolou a coreografia no estúdio de dança em que trabalhava e foram precisos nove dias para o videoclipe ser finalizado. Mal sabia Nordwind e companhia que a partir daquele momento eles estimulavam um novo modelo de produção de clipes musicais.

“A indústria fonográfica tradicional estava ruindo e, aos nossos olhos, havia diversos tipos de espaços e plataformas para trabalharmos além da MTV e do rádio”, cita. “A indústria via os clipes como uma simples propaganda de um disco, então se punha muito dinheiro nisso, o que hoje não acontece tanto. Nossos vídeos são projetos artísticos de ideias nossas e boas ideias podem ser baratas. Críamos um novo gênero, uma nova maneira de fazer videoclipes”, acredita.

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