quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bon Jovi cumpre promessa e faz maratona musical de 3 horas em SP.

A velha rivalidade entre Brasil e Argentina esteve presente na noite desta quarta-feira (6) no Estádio do Morumbi. Mas não se tratava do maior clássico do futebol, e sim de um show do Bon Jovi, o primeiro após uma apresentação histórica em Buenos Aires, de três horas de duração.


Ao chegarem à capital paulista, os músicos da banda de New Jersey foram perguntados diversas vezes se iriam superar a maratona que foi o concerto argentino. Para evitar um conflito diplomático, Jon Bon Jovi, Richie Sambora e companhia tocaram para os paulistanos durante o mesmo tempo de duração – e quase repetindo o set list das 28 músicas que os portenhos puderam conferir.
O grupo subiu ao palco às 21h15 e, nos primeiros acordes de “Blood on blood”, mostrou qual seria a toada da noite: uma banda correta, competente, que segue um script e se mantém nele até o final. Tudo é ensaiado e previsível no Bon Jovi, principalmente os trejeitos (bregas) do carismático vocalista – todos os gestos que o showman faz para o público, do beicinho ao olhar de admiração, são focados e exibidos a exaustão nos três telões que preenchem o palco.


O show da atual turnê é um extenso passeio pela carreira da banda. Até as primeiras dez músicas, que tiveram Sambora usando nada menos que quatro guitarras diferentes, a banda procurou mesclar hits do passado, como “You give love a bad name” e “Born to be my baby”, com faixas presentes nos últimos discos, caso de “Lost highway” e “Superman tonight”.

A primeira hora da apresentação foi morna justamente pela escolha dos singles mais recentes, que não têm o mesmo apelo de “rock de estádio” dos hinos que foram escritos há mais de 15 anos. Foi a partir de “It’s my life” que o show ganhou fôlego e fez os fãs, que praticamente lotaram o Morumbi, não pararem um minuto.

É de se admirar um grupo de rock que consegue enfileirar canções como “Bad medicine”, “Lay your hands on me”, “Always”, “Blaze of glory” e “I’ll be there for you” sem mostrar um sinal de cansaço. Jon, que foi se despindo aos poucos, até chegar a uma apertada regata vermelha, não parecia nada com o roqueiro que se dizia “idoso” há alguns meses, após sofrer uma lesão muscular na panturrilha durante um show em New Jersey.

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