Em “Are we the waiting”, beijou uma fã na boca ao melhor estilo Bono, do U2.
Em “Longview, convocou outras duas pessoas e fez um karaokê em cada estrofe da canção. Passou sua guitarra ao segundo felizardo, ensinou-lhe os acordes do refrão, e, ao final, para espanto e inveja da arena lotada, premiou o “calouro” com o instrumento. “Quero que a leve de presente”, disse o cantor, dirigindo-se ao incrédulo sortudo.
Apesar da aparente espontaneidade, ficou claro que os convites seguem à risca uma roteirização. Prova disso foi um penetra que conseguiu burlar a segurança e chegar próximo à banda. Foi agarrado por um brutamonte de prontidão na lateral do palco e arrastado para os bastidores, o que provocou certo tumulto e queda de um amplificador.
Em outro trecho do show, Billie Joe promoveu um rápido curso intensivo sobre história do rock: executou um medley misturando clássicos das bandas Black Sabbath (“Iron man”), Led Zeppelin (“Rock and roll”), Guns N’ Roses (“Sweet child o’ mine”) e AC/DC (“Highway to hell” e “Back in black”). Posteriormente, ainda citaria The Doors, Beatles e Rolling Stones, além de tocar “Blitzkrieg bop”, dos Ramones, na bateria, numa rápida troca de funções com Tre Cool.
A apresentação da banda é inegavelmente um espetáculo divertido. A pergunta que fica é se, depois de 20 anos de carreira e uma lista de sucessos, o grupo precisaria mesmo apelar para tantos elementos extramusicais para entreter um público fiel como o brasileiro.
O Green Day agora faz apresentações em Brasília (17) e São Paulo (20) antes de prosseguir com sua turnê pela América Latina, que ainda terá escalas na Argentina, Chile, Peru e Costa Rica.
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